quinta-feira, 13 de junho de 2013

Evamba


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA

Departamento de Ciências da Educação

 

BENGUELA

 

 

 

 

Caixa de texto: A CIRCUNCISÃO NA REGIÃO DO DOMBE – GRANDE

 BENGUELA


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Lobito,  Setembro de 2012

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CIRCUNCISÃO NA REGIÃO DO NDOMBE - GRANDE

 

 

 

 

 

ESQUEMA

 

 

 

 

 

 

1.    Capa do trabalho

2.    A composição dos elementos do grupo

3.    O esquema do trabalho

4.    A introdução geral

5.    O desenvolvimento do tema:

 

a)    O processo inicial

b)    A permanência no local da circuncisão

c)    O acto da circuncisão

d)    Consequências positivas e negativas

e)    O acto de regresso as aldeias e as cerimónias festivas

 

6.    Conclusão

7.    Biografia 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Circuncisão

 

 

 

Introdução Geral

 

 

 

 

Os ritos de iniciação, são um dos momentos mais fortes na tradição bantu e, sem divida o processo da iniciação, uma etapa fundamental na vida dos adolescentes e que marca definitivamente o homem ou a mulher ao longo de toda a sua vida.

 

A criança de pois do nascimento tem uma longa caminhada por efectuar até chegar a fase de adulto.

Esta é uma outra mudança na qual a criança deixa a infância e a adolescência e torna-se um adulto essa idade vária de tribo para tribo, “ A circuncisão um momento chave da iniciação “ porem a iniciação é sempre uma etapa ou eito de passagem, de formação para a autonomia e governo da casa, preparação do essencial para viver e a inserção comunitária desde a ética bantu. Neste sentido a puberdade é a idade mais a próxima é o limite entre a infância e a juventude. Em muitas regiões Africanos existem cerimónias e ritos para marcar esta mudança.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os ritos mais comuns são: circuncisão, para os rapazes  e Efeko (para os ovimbundu) para os raparigas.      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Os ritos de iniciação têm muitos significados simbólicos. Os jovens são introduzidos ritualmente na vivência comunal. Eles introduzem o candidato na vida dos adultos prepara-lhe para a maturidade sexual, casamento, procriação e responsabilidades familiares. Estes ritos têm um grande objectivo educacional. Os jovens a prendem como sofrer lidar com os outros, obedecer, segredos etc.

 

Circuncisão – rito da iniciação

 

A iniciação masculina é a mais notável em relação a feminina. Todos os jovens quando chegam a fase de puberdade, entre onze a quinze anos devem ser iniciados. A circuncisão de rapazes foi sempre feita em grupos e numa floresta dentro duma casa ou no ar livre. Existem os próprios feritos que executam esta circuncisão. Como sinal de comunicação e união, todos devem passar pela mesma faca mesmo “ circuncisão” e mesmo lugar onde se sentam durante a operação. Na digna tradicional Bantu denomina-se por” Evamba ou Ekwendje” dependendo das áreas e, é uma prática sagrada e obrigatória trata-se de um eito que serve de transição normalmente localiza-se na época do cacimbo Junho, Julho respectivamente.  

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

 

Circuncisão na região do Dombe - Grande  na Província de Benguela.


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A)   Processo inicial

 

O grupo dos alunos que se deslocou á área do Dombe-grande depois de um longo diálogo com os mais velhos da área o soba, o regedor e os de mais peritos na matéria sobre a circuncisão masculina a notou-se o seguinte.

 

- Normalmente tem início na época do Cacimbo entre os meses de Junho, Julho e Agosto de cada ano por ser uma época floresta, por facilitar a cura das feridas que surgem após o corte. Um contacto prévio é feito entre a família e o senhor perito no assunto de nome Ongue” – também conhecido como o cirurgião do acto da circuncisão – Este por sua vez leva os rapazes no momento próprio, até á floresta em lugares próprios – fora da aldeia junto dos rios; ali são controlados pelos Chiengue que são os enfermeiros da dita profissão. Neste mundo da floresta alimenta-se de comidas cruas vindas dos seus familiares. Esses alimentos são controlados pelos” Chiengue” outra poema de obtenção dos alimentos é o controlo meudigantes do povo vindo das lavras no qual eles pedem gritando na linguagem Umbundo dizendo” Imba” que significa “” e se a resposta por negativa eles fazem o assalto a quinda da pessoa vinda das lavras e levam consigo todos os bens alimentares o local que albergar os rapazes chama-se “Otjilombo” a duração da estadia naquele local é de 90 dias.

 

 

B)     Permanência no local da circuncisão.

 

 

Durante o tempo que os rapazes se encontrarem na floresta além do acto da circuncisão eles aprendem varias técnicas educativas preceitos tradicionais, aprendem danças como olundongo, onhatcha e okatita, dançae com a mascara (otchingadje) técnicas de auto – defesa, saber proteger o seu território, a família, dominar as técnicas de construção das suas residências as artes caça agricultura, todos os eitos levados acabo no acampamento são controlados por pessoas consideradas – idóneas e mais velhos da comunidade, que desempenham o papel de observadores e analistas de tudo o que é dançado e cantado, para não fugir á linha da tradição vigente e servir acima de tudo como meio para educar os mais jovens nas boas praticas – esses só podem ser os que passaram por este eito – se não é lhe vedada essa possibilidade.

 


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C)   O acto da circuncisão

 

 

A circuncisão (Evamba) é um ritual sangrento na área  Dombe –grande é feito pelo circuncisão de nome “Oregue” homem perito. - Como já sabemos e a da pele que envolve a cabeça do órgão genital masculino. Circuncisão conhecida por “prepúcio” considerada como parte inútil. Este acto e feito as madrugadas onde cada rapaz em ordem de chegada senta-se numa pedra onde realiza-se o corte. O instrumento utilizado é uma faca pequena (como norma dorme na água) até ao momento do acto – que é feito a sangue frio. O mestre orienta há outros rapazes já circuncidados considerados adultos respeito ao rito, para tocar batuque, apitos e cauções com o propósito de impedir que os gritos sejam captados pelos outros que aguardam a sua vez. A Evamba ficam médias acampados 25 á 30 rapazes. E o corte segue as idades. Primeiro os de menor idade por se considerar mais fácil e seguem os mais complicados, os adultos. Complicados porque as feridas demoram a curar. As pessoas recenciruncidadas  ficam deitadas  com o tronco nu até a cura das feridas. Eles levantam-se de madrugada e mergulham no rio. Os que registirem mais rápidos iniciam a aprendizagem educativa. A pequena caça, para exercitar o corpo e trazer alguns bichos como ratos, toupeiras, perdizes e outros alimentos depois de 13 dias segue-se ensinamento doutrinários como dança manejo do batuque e seu fabrico, tecelagem de sisal para compor um palhaço, seus respectivos nomes e objectivo de cada um. Aprendem magia como “Alumbo” uma  arte de enfeitiçar ou matar alguém. Ainda apende-se o código de Identificação pessoal para descobrir quem é ou não circuncidado. Quem é chama-se “otjilombola” quem não é “otjilima” . Depois de ficarem curados dançam odjundo típico durante o tempo que há estão. São tratados com medicamentos tradicionais como ervas, vestem-se de pano “Vilambo” – são controlados pelos chicugues – enfermeiros especializador.

 


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D)   As consequências positivas e negativas

 

As consequências positivas são os dois aspectos – a educação que vai receber durante o tempo de permanência na floresta e também a preparação adulta para assumir novas funções na comunidade

Familiar – a fase da nova vida isto é a mudança, a transição para o mundo dos adultos.

O aspecto negativo: é incapacidade de resistência de muitos rapazes que cabaram por morrer lá, devido o feito sanguento da circuncisão, adaptação ao feio, a alimentação, a pouca higiene sanitário que isto implica.

 

- As mortes na “Evamba” – os jovens que se comportavam contra os ritos da circuncisão, ou que manifestassem um comportamento indesejável com os mais velhos eram sacrificados na floresta – esta prática foi abolida com a intervenção da Igreja Católica. Este processo levou muito tempo para ser banido, visto que só nos aos 76 que esta pratica desaparecimento.

 

 

E)   O acto de regresso as aldeias e as cerimónias festivas      

 

No dia da saída da “Evamba” estes perfilavam  com um chicote de folhas de bananeira ou de pele de gado na mão, vão até a um lugar chamado Elombe (aldeia) dirigido por Quessongue tomam banho junto do rio. Em seguida vestido de panos e lenço cruzado, uma cintura Quindua onde colocou uma campainha, colocam nas pernas umas pulseiras com o nome de “O guaya”, na cabeça 2 penas de galinha “Osanha” , depois começa a marcha de volta á sanzala e levam cada um para a sua respectiva casa seguindo de um coro eloqueste de palhaços – danças típicas com batucadas. Neste caso, nas casas que passarem e não dançarem significa que o rapaz morreu na floresta do rito da circuncisão. Os pais dessas crianças já reconhecem a tristeza pela perda de seus filhos. Por outras partes a festa continua nas famílias com celebrações festivas com bebidas tradicionais “Quissangua” Kimbonbo e alimentos canjica, carne assada, pirão, gindungo, seguindo de cerimónia de ofertas comunitárias. Esta festa vai até as 4 da madrugada onde os palhaços ao aproximar-se desta hora se retiram um a um, sem dar nas vistas.

 

 

 

 

 

 

 

Conclusão

 

 

 

A circuncisão como um elemento cultural é uma tradição que marca o dia-a-dia dos povos bantu. É uma madeira de aprender as regras, as normas de uma determinada sociedade transmitidas e conservadas de geração em geração.

Na perspectiva sociológica é um processo de socialização, um rito a através do qual as crianças, os adolescentes aprendem as normas, as regras sociedade onde estão inseridas.

 

Com esses mitos aprende-se a caçar, a pescar, durante á noite há mais velhos a contar histórias e provérbios, num processo de transmissão filosófica da visão do mundo á sociedade cultura bantu, fazendo uma analise Dombe-grande e não só. O livro sobre a cultura bantu – numa visão geral, encontramos traços comuns, um ou outro aspecto diferenciado – logo deu – nos a entender que o povo bantu – tem a possibilidade de um diálogo mais profundo e enriquecedor de vários tribos e línguas, temos uma raiz única e indivisível “a mãe África” que nos identifica. Poderíamos também dizer que no local, segundo os mais velhos que contactos nem tudo deve-se revelar como tal – limitaram-se a dizer o essencial que nos permitisse a termos uma visão geral do assunto o rito da circuncisão. Agradecemos desde já a oportunidade que o nosso querido professor Dr. Ginga nos proporcionou e esperamos fazer trabalhos deste género.

 

Aos nossos ouvintes e leitores desejamos boa apreciação e análise do trabalho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Biografia

 

 

 

 

 

1 – Regedor Comunal – João Pedro Paulo Moma natural do Huambo  de 70 anos de idade reside no Dombe-grande desde 1946.

 

2 – Soba – António Correia Machado – natural do Dombe – Grande – vive no bairro do Casseque.

 

3 – Soba – Cambole Chibulu – vive no bairro do Chiculutato.

 

 

Outras fontes: O livro de cultura Bantu

- e a investigação na internet

http// jornal d canjala.sapo.ao/14/15

Iniciação na vida social com a circuncisão 
                                        

1 comentário:

  1. hola, sou pesquisador austríaco escrevendo um livro sobre palhacos tradicionais e li seu texto. será que você pode entrar em contato comigo para mais detalhes? obrigado e saudacoes desde viena, klaus

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