INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE
BENGUELA
Departamento de Ciências da Educação
BENGUELA
BENGUELA
Lobito, Setembro de 2012
CIRCUNCISÃO
NA REGIÃO DO NDOMBE - GRANDE
ESQUEMA
1. Capa do trabalho
2. A composição dos elementos do grupo
3. O esquema do trabalho
4. A introdução geral
5. O desenvolvimento do tema:
a) O processo inicial
b) A permanência no local da circuncisão
c) O acto da circuncisão
d) Consequências positivas e negativas
e) O acto de regresso as aldeias e as
cerimónias festivas
6. Conclusão
7. Biografia
A Circuncisão
Introdução
Geral
Os ritos
de iniciação, são um dos momentos mais fortes na tradição bantu e, sem divida o
processo da iniciação, uma etapa fundamental na vida dos adolescentes e que
marca definitivamente o homem ou a mulher ao longo de toda a sua vida.
A
criança de pois do nascimento tem uma longa caminhada por efectuar até chegar a
fase de adulto.
Esta é
uma outra mudança na qual a criança deixa a infância e a adolescência e
torna-se um adulto essa idade vária de tribo para tribo, “ A circuncisão um
momento chave da iniciação “ porem a iniciação é sempre uma etapa ou eito de
passagem, de formação para a autonomia e governo da casa, preparação do
essencial para viver e a inserção comunitária desde a ética bantu. Neste
sentido a puberdade é a idade mais a próxima é o limite entre a infância e a
juventude. Em muitas regiões Africanos existem cerimónias e ritos para marcar
esta mudança.
Os ritos
mais comuns são: circuncisão, para os rapazes
e Efeko (para os ovimbundu) para os raparigas.
Os ritos
de iniciação têm muitos significados simbólicos. Os jovens são introduzidos
ritualmente na vivência comunal. Eles introduzem o candidato na vida dos adultos
prepara-lhe para a maturidade sexual, casamento, procriação e responsabilidades
familiares. Estes ritos têm um grande objectivo educacional. Os jovens a
prendem como sofrer lidar com os outros, obedecer, segredos etc.
Circuncisão – rito da iniciação
A
iniciação masculina é a mais notável em relação a feminina. Todos os jovens
quando chegam a fase de puberdade, entre onze a quinze anos devem ser
iniciados. A circuncisão de rapazes foi sempre feita em grupos e numa floresta
dentro duma casa ou no ar livre. Existem os próprios feritos que executam esta
circuncisão. Como sinal de comunicação e união, todos devem passar pela mesma
faca mesmo “ circuncisão” e mesmo lugar onde se sentam durante a operação. Na
digna tradicional Bantu denomina-se por” Evamba
ou Ekwendje” dependendo das áreas e, é uma prática sagrada e obrigatória
trata-se de um eito que serve de transição normalmente localiza-se na época do
cacimbo Junho, Julho respectivamente.
DESENVOLVIMENTO
Circuncisão na região do Dombe -
Grande na Província de Benguela.
A) Processo
inicial
O grupo
dos alunos que se deslocou á área do Dombe-grande depois de um longo diálogo
com os mais velhos da área o soba, o regedor e os de mais peritos na matéria
sobre a circuncisão masculina a notou-se o seguinte.
-
Normalmente tem início na época do Cacimbo entre os meses de Junho, Julho e Agosto de cada
ano por ser uma época floresta, por facilitar a cura das feridas que surgem
após o corte. Um contacto prévio é feito entre a família e o senhor perito no
assunto de nome Ongue” – também
conhecido como o cirurgião do acto da circuncisão – Este por sua vez leva os
rapazes no momento próprio, até á floresta em lugares próprios – fora da aldeia
junto dos rios; ali são controlados pelos Chiengue que são os enfermeiros da
dita profissão. Neste mundo da floresta alimenta-se de comidas cruas vindas dos
seus familiares. Esses alimentos são controlados pelos” Chiengue” outra poema de obtenção dos alimentos é o controlo
meudigantes do povo vindo das lavras no qual eles pedem gritando na linguagem Umbundo
dizendo” Imba” que significa “dá” e se a resposta por negativa
eles fazem o assalto a quinda da pessoa vinda das lavras e levam consigo
todos os bens alimentares o local que albergar os rapazes chama-se “Otjilombo” a duração da estadia naquele
local é de 90 dias.
B) Permanência
no local da circuncisão.
Durante
o tempo que os rapazes se encontrarem na floresta além do acto da circuncisão
eles aprendem varias técnicas educativas preceitos tradicionais, aprendem
danças como olundongo, onhatcha e okatita, dançae com a mascara (otchingadje)
técnicas de auto – defesa, saber proteger o seu território, a família, dominar
as técnicas de construção das suas residências as artes caça agricultura, todos
os eitos levados acabo no acampamento são controlados por pessoas consideradas
– idóneas e mais velhos da comunidade, que desempenham o papel de observadores
e analistas de tudo o que é dançado e cantado, para não fugir á linha da
tradição vigente e servir acima de tudo como meio para educar os mais jovens
nas boas praticas – esses só podem ser os que passaram por este eito – se não é
lhe vedada essa possibilidade.
C) O
acto da circuncisão
A
circuncisão (Evamba) é um ritual
sangrento na área Dombe –grande é feito
pelo circuncisão de nome “Oregue”
homem perito. - Como já sabemos e a da pele que envolve a cabeça do órgão
genital masculino. Circuncisão conhecida por “prepúcio” considerada como parte inútil. Este acto e feito as
madrugadas onde cada rapaz em ordem de chegada senta-se numa pedra onde
realiza-se o corte. O instrumento utilizado é uma faca pequena (como norma
dorme na água) até ao momento do acto – que é feito a sangue frio. O mestre
orienta há outros rapazes já circuncidados considerados adultos respeito ao
rito, para tocar batuque, apitos e cauções com o propósito de impedir que os
gritos sejam captados pelos outros que aguardam a sua vez. A Evamba ficam médias acampados 25 á 30
rapazes. E o corte segue as idades. Primeiro os de menor idade por se
considerar mais fácil e seguem os mais complicados, os adultos. Complicados
porque as feridas demoram a curar. As pessoas recenciruncidadas ficam deitadas com o tronco nu até a cura das feridas. Eles
levantam-se de madrugada e mergulham no rio. Os que registirem mais rápidos
iniciam a aprendizagem educativa. A pequena caça, para exercitar o corpo e
trazer alguns bichos como ratos, toupeiras, perdizes e outros alimentos depois
de 13 dias segue-se ensinamento doutrinários como dança manejo do batuque e seu
fabrico, tecelagem de sisal para compor um palhaço, seus respectivos nomes e
objectivo de cada um. Aprendem magia como “Alumbo”
uma arte de enfeitiçar ou matar alguém.
Ainda apende-se o código de Identificação pessoal para descobrir quem é ou não
circuncidado. Quem é chama-se “otjilombola”
quem não é “otjilima” . Depois de
ficarem curados dançam odjundo típico durante o tempo que há estão. São
tratados com medicamentos tradicionais como ervas, vestem-se de pano “Vilambo” – são controlados pelos
chicugues – enfermeiros especializador.
D) As
consequências positivas e negativas
As
consequências positivas são os dois aspectos – a educação que vai receber
durante o tempo de permanência na floresta e também a preparação adulta para
assumir novas funções na comunidade
Familiar – a fase da nova vida isto é a
mudança, a transição para o mundo dos adultos.
O
aspecto negativo: é incapacidade de resistência de muitos rapazes que cabaram
por morrer lá, devido o feito sanguento da circuncisão, adaptação ao feio, a
alimentação, a pouca higiene sanitário que isto implica.
- As
mortes na “Evamba” – os jovens que
se comportavam contra os ritos da circuncisão, ou que manifestassem um
comportamento indesejável com os mais velhos eram sacrificados na floresta –
esta prática foi abolida com a intervenção da Igreja Católica. Este processo
levou muito tempo para ser banido, visto que só nos aos 76 que esta pratica
desaparecimento.
E) O
acto de regresso as aldeias e as cerimónias festivas
No dia
da saída da “Evamba” estes
perfilavam com um chicote de folhas de
bananeira ou de pele de gado na mão, vão até a um lugar chamado Elombe (aldeia)
dirigido por Quessongue tomam banho junto do rio. Em seguida vestido de panos e
lenço cruzado, uma cintura Quindua onde colocou uma campainha, colocam nas
pernas umas pulseiras com o nome de “O guaya”, na cabeça 2 penas de galinha “Osanha” , depois começa a marcha de
volta á sanzala e levam cada um para a sua respectiva casa seguindo de um coro
eloqueste de palhaços – danças típicas com batucadas. Neste caso, nas casas que
passarem e não dançarem significa que o rapaz morreu na floresta do rito da
circuncisão. Os pais dessas crianças já reconhecem a tristeza pela perda de
seus filhos. Por outras partes a festa continua nas famílias com celebrações festivas
com bebidas tradicionais “Quissangua”
Kimbonbo e alimentos canjica, carne assada, pirão, gindungo, seguindo de
cerimónia de ofertas comunitárias. Esta festa vai até as 4 da madrugada onde os
palhaços ao aproximar-se desta hora se retiram um a um, sem dar nas vistas.
Conclusão
A
circuncisão como um elemento cultural é uma tradição que marca o dia-a-dia dos
povos bantu. É uma madeira de aprender as regras, as normas de uma determinada
sociedade transmitidas e conservadas de geração em geração.
Na
perspectiva sociológica é um processo de socialização, um rito a através do
qual as crianças, os adolescentes aprendem as normas, as regras sociedade onde
estão inseridas.
Com
esses mitos aprende-se a caçar, a pescar, durante á noite há mais velhos a contar
histórias e provérbios, num processo de transmissão filosófica da visão do
mundo á sociedade cultura bantu, fazendo uma analise Dombe-grande e não só. O
livro sobre a cultura bantu – numa visão geral, encontramos traços comuns, um
ou outro aspecto diferenciado – logo deu – nos a entender que o povo bantu –
tem a possibilidade de um diálogo mais profundo e enriquecedor de vários tribos
e línguas, temos uma raiz única e indivisível “a mãe África” que nos identifica. Poderíamos também dizer que no
local, segundo os mais velhos que contactos nem tudo deve-se revelar como tal –
limitaram-se a dizer o essencial que nos permitisse a termos uma visão geral do
assunto o rito da circuncisão. Agradecemos desde já a oportunidade que o nosso
querido professor Dr. Ginga nos
proporcionou e esperamos fazer trabalhos deste género.
Aos
nossos ouvintes e leitores desejamos boa apreciação e análise do trabalho.
Biografia
1 –
Regedor Comunal – João Pedro Paulo Moma natural do Huambo de 70 anos de idade reside no Dombe-grande
desde 1946.
2 – Soba
– António Correia Machado – natural do Dombe – Grande – vive no bairro do
Casseque.
3 – Soba
– Cambole Chibulu – vive no bairro do Chiculutato.
Outras fontes: O livro de cultura
Bantu
- e a investigação na internet
http// jornal d canjala.sapo.ao/14/15
Iniciação na vida social com a
circuncisão
hola, sou pesquisador austríaco escrevendo um livro sobre palhacos tradicionais e li seu texto. será que você pode entrar em contato comigo para mais detalhes? obrigado e saudacoes desde viena, klaus
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